Para quem acha que a alta do dólar anda freando os brasileiros a comprar casa em Orlando e Miami, se engana. Segundo publicou a revista online Exame.com, na última quarta-feira, 5 de agosto, com base em um levantamento feito pela Lello, mesmo com a alta do dólar de 15,35% no primeiro semestre, a venda de imóveis para brasileiros na Flórida cresceu 26,5% em relação ao mesmo semestre de 2014.
De acordo com a pesquisa, o crescimento maior nas vendas foi na cidade de Orlando, com mais de 38% em comparação ao mesmo período passado. A pesquisa também mostrou que 80% dos negócios foram feitos à vista, e apenas 20% dos compradores fizeram financiamento nos Estados Unidos.
O preço médio dos imóveis adquiridos em Orlando foram de 250 mil dólares, em torno de 865 mil reais. Alguns motivos foram citados explicando essa corrida imobiliária aos Estados Unidos. Um deles é a insatisfação com a política e a economia do país. O segundo é a expectativa de valorização dos imóveis no mercado norte-americano, que já dá sinais que driblou a crise de 2007 e está em franca expansão.
Outro ponto importante que deve ser mencionado é que os imóveis nos Estados Unidos têm um padrão infinitamente melhor do que os encontrados aqui, na mesma faixa de valor. Em Orlando, por exemplo, compra-se uma excelente casa, em condomínio fechado com estrutura de resort, toda segurança e com ótimo padrão de construção, por um valor muito menor do que um imóvel bem inferior no Brasil.
Segundo o consultor da Lello, “é possível encontrar casas de 150 metros quadrados em Orlando por 200 mil dólares, que seriam 692 mil reais. Por esse valor é difícil comprar um imóvel do mesmo tamanho em bairros valorizados do Rio de Janeiro e de São Paulo”.
Além disso, os imóveis em Orlando são uma ótima fonte de renda. Quem pretende investir para ganhar com aluguel, vai ter retorno garantido, pois os condomínios são próximos aos parques da Disney, aos centros de compras e a cidade é uma das que mais recebem turistas no mundo, consequentemente, há uma enorme procura por hospedagem e aluguel.
Outro ponto favorável é que comprar imóvel nos Estados Unidos é bem menos burocrático do que no Brasil. Com o passaporte e o visto válidos, ao ingressar no país basta escolher o imóvel, abrir uma conta bancária e, se quiser, uma empresa (que terá a propriedade do imóvel). Aí é só fechar o negócio e pegar as chaves. Todo esse processo é muito rápido e fácil, diferente de uma negociação desse porte no nosso país.
Existe também a possibilidade de fazer um financiamento com taxas de juros a partir de 4% ao ano, contra as de 10% em média, praticadas no Brasil. Os prazos são parecidos com os nossos – podendo pagar 30% do valor do imóvel, e financiar o restante em até 30 anos.