No último dia 20, o 45º presidente americano foi empossado. Dono de uma personalidade polêmica, Trump continua atraindo atenção do mundo todo. Parece que o novo presidente está mesmo disposto a mexer em políticas e projetos consolidados há anos, entre eles, o mercado imobiliário americano.
Surpreendentemente, Trump anunciou que dará prioridade a uma reforma tributária. Entre outros objetivos, sua proposta é recuperar o poder aquisitivo da classe média Americana. Outro foco de seu governo será a recuperação de empregos perdidos para outros países, principalmente, China e México.
Se concretizadas as propostas de Trump, assistiremos a um aumento no preço das casas à venda em Orlando motivado pelos seguintes itens:
- A redução da carga tributária estimulará o consumo, inclusive de quer comprar um imóvel em Orlando. A forte demanda deve pressionar os preços para cima;
- O aquecimento da construção civil deve abrir novos postos de trabalho. A falta de trabalhadores especializados e as novas barreiras imigratórias, provavelmente, farão subir os salários no setor imobiliário e também exercerão pressão sobre o preço dos imóveis em Orlando;
- Supondo que Trump também possa alterar leis que desestimulam investimento de estrangeiros no país, principalmente, o Imposto de Sucessão (40%), o Imposto sobre Ganho de Capital (25% ou 15%) e o FIRPTA – que cauciona 15% sobre venda de estrangeiros. Tais medidas devem atrair mais compradores ao mercado imobiliário da Florida, abrindo novas oportunidades para quem já estuda comprar imóvel em Orlando e região.
Finalmente, não podemos esquecer que Donald Trump tem um estilo personalista, ou seja, deve impor suas experiências e crenças pessoais à frente do governo Americano. Por isso, não podemos esquecer que Trump fez fortuna no mercado imobiliário. É chamado de gênio por muitos e essa familiaridade do presidente com a indústria da construção deve ser mais um motivo de estímulo ao setor.
Viveremos quatro anos de crescimento econômico e consequente elevação de preços dos imóveis em Orlando. Mas também teremos consequências negativas impostas pelo estilo egocêntrico do presidente. Porém o sentimento de receio é coletivo, principalmente, por retrocessos nas questões ambientais, nos direitos e garantias individuais e no ofuscamento dos EUA no mundo – que podem levar a um isolamento político-econômico da América.
A globalização é um processo em curso há 30 anos. Difícil que uma única pessoa possa interrompê-lo por vontade própria, mesmo que essa pessoa seja o presidente dos Estados Unidos. Trump pode muito, mas não pode tudo… e talvez ele ainda não saiba disso.