De acordo com o Departamento Federal de Habitação e Urbanismo e o Censo dos EUA, a venda de imóveis novos nos Estados Unidos cresceu 3.5% em junho de 2016, se comparada ao mês anterior – provocando uma revisão nas estimativas de venda anual para 592 mil unidades.
“O fato de que as novas casas à venda nos EUA atingiu o nível mais elevado dos últimos oito anos mostra que o está ganhando força”, diz Robert Dietz, economista-chefe da NAHB, que também acredita que “o mercado deve continuar aquecido durante todo o ano, impulsionado por taxas de juros baixas e um crescimento sólido no emprego”.
O crescimento também é refletido nas casas à venda em Orlando, Flórida. Segundo Ricardo Molina, CEO da Talent – Sua Imobiliária na Flórida, junho também ultrapassou os primeiros meses do ano. O corretor acredita que este é um dos sinais da leve recuperação da economia brasileira, que, querendo ou não, acaba impactando no mercado imobiliário de Orlando e Miami, já que os brasileiros são alguns dos principais investidores.
“Com o dólar beirando (e até ultrapassando) os R$ 4, o sonho de comprar casa na Disney, estava ficando mais difícil para os brasileiros. Mesmo aqueles que enxergavam novas oportunidades em Orlando de investimento e até de moradia, tiveram que adiar um pouco seus planos. Mas, agora, com o dólar já na casa dos R$ 3,20, o mercado começa a voltar ao normal”, explica.
Beto Braga é um dos clientes de Molina que se mudou para Orlando dois anos após comprar a primeira casa na cidade, depois das últimas eleições presidenciais. “Não é que não ame meu país ou tenha uma visão desastrosa do futuro do Brasil, mas não aprovava o modelo sócio-econômico vigente”, explica Braga.
Beto adquiriu uma carteira de imóveis para aluguel por temporada, que hoje são gerenciados pelas empresas brasileiras Casa Na Disney e Vip Homes, com atuação em Orlando. Com a receita em dólar, proveniente desses alugueis, vive tranquilamente com a esposa.