Apesar desta notícia extrapolar o contexto do mercado imobiliário e os interesses de quem pretende comprar sua casa em Orlando, este post ajuda a tranquilizar alguns clientes preocupados com a truculência dos primeiros dias do governo Trump. Todos nós passamos a prestar mais atenção de como a política poderá impactar o mercado imobiliário e, particularmente, a compra e venda de imóveis na Florida. Mas, da mesma forma que estamos surpreso com a nova forma de governo, estamos confiantes nos mecanismos de auto-regulação da maior democracia do mundo.
Como esperávamos, Trump começa agora a conhecer a força das Instituições Americanas e a entender que comandar um país é tarefa diferente de comandar suas empresas. Os predicados do “Executivo” Donald Trump podem ter lhe rendido milhões de dólares como empreendedor imobiliário, mas parecem não o qualificar para o novo papel.
Ao saber que o Juiz Federal James Robart, do Estado de Washington, suspendeu o Decreto banindo imigrantes de sete países de maioria muçulmana, Trump reagiu incivilizada e desrespeitosamente: “A decisão desse tal juiz, que basicamente priva o nosso país da sua polícia, é ridícula e será anulada”.
No dia seguinte a Casa Branca apresentou recurso contra a decisão do juiz Robart, mas a Corte de Apelações decidiu manter a decisão de primeira instância e submeter o Decreto de Trump a uma criteriosa análise de constitucionalidade que poderá terminar na Suprema Corte Americana – para onde Trump acaba de nomear o 9o integrante: Neil Gorsuch, que seria um dos cinco juízes conservadores do tribunal.
O episódio acima é considerado de extrema importância, pois servirá para medir como está o equilíbrio das forças que compõe uma verdadeira democracia: Executivo x Legislativo x Judiciário x Opinião Pública (onde se inclui a Sociedade Civil Organizada e a Imprensa Livre). Até ontem, Trump agiu como se ninguém pudesse interferir em suas decisões. A partir de agora, o presidente talvez tenha de aprender a se curvar diante do maior patrimônio Americano: a Constituição.
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Trump pode aquecer o mercado imobiliário de Orlando?