Após um debate no qual democratas se rebelaram contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o Congresso americano evitou uma nova paralisia da administração federal nesta última quinta-feira (11).
Por volta das 22h, a Câmara de Representantes dos EUA adotou uma lei de finanças válida até setembro, em apenas 2h do vencimento da anterior. Foram 219 votos a favor e 206 contra. Boa parte dos democratas ficaram descontentes. A inclusão enfraquece a regulamentação financeira imposta aos bancos no âmbito da reforma Dodd-Frank em 2010, que inclui alguns derivados financeiros.
Apesar da pressão da Casa Branca, a chefe da minoria democrata, Nancy Pelosi, votou contra. “Não vamos votar a favor de uma lei que dá tudo aos grandes bancos americanos!”, disse a democrata Maxine Waters.
Um outro artigo incluído no último momento, que, segundo os analistas, multiplicou por dez o limite de doações individuais aos partidos políticos por ciclo eleitoral. Barack Obama que tentou convencer os democratas de que a lei era o melhor compromisso possível neste momento, disse que promulgará a lei de finanças com estas emendas.
Os líderes parlamentares se comprometeram a não gerar uma nova crise orçamentária, desde o início das negociações deste ano. O Departamento de Segurança Interior, do qual os serviços de imigração dependem, contará com financiamento até o final de fevereiro de 2015.
A lei de finanças, de um montante de 1,014 trilhão de dólares no total. Financia quase todo o orçamento federal até setembro de 2015, entre eles o de agricultura, defesa, assuntos exteriores e luta contra o Ebola. A lei mantém a proibição de transferir os detidos da prisão de Guantánamo (em Cuba) para os Estados Unidos.