Em julho, Censo Americano anunciou que o país atingiu o menor nível na “taxa de propriedade” (pessoas que tem casa própria nos Estados Unidos) desde que o governo começou a medir o índice, em 1965. Então o candidato Donald Trump alfinetou pelo Twitter: A economia está falhando com você.
Em uma nação onde comprar casa própria é visto como sinônimo do sonho americano, é fácil ver por que um candidato de oposição apressou-se em destacar o lado negativo da notícia. Mas, na época, os economistas pediam aos americanos – e aos candidatos à presidência – que olhassem além do número das manchetes. Indicavam que o declínio na taxa não se devia a menos pessoas com casa própria e, sim, a mais famílias iniciando a vida em imóveis de aluguel nos EUA. Em outras palavras, o declínio pode realmente ser um (bom) sinal de que mais jovens estão caminhando por conta própria. Trump, um bilionário por meio de desenvolvimento imobiliário, deve entender isso.
A análise acima cabe muito bem para a região de Orlando, cidade que abriga os maiores parques temáticos do mundo e uma das primeiras opções de turistas que procuram uma imobiliária em Orlando para comprar casa na Flórida.
Basta andar pela cidade para ver a proliferação de prédios de apartamento destinados exclusivamente para aluguel em Orlando. Estima-se que mais de 20 mil imóveis foram entregues nos últimos dois anos. E mesmo com a intensa oferta, os preços dos apartamentos para alugar em Orlando continua a subir porque a demanda está maior que a capacidade dos construtores. Na média, um apartamento de dois dormitórios localizado em bairros nobres de Orlando, como: Celebration, Windermere ou Hunters Creek, pode ser alugado por US$ 1,400/mês – um valor 9.3% maior que no ano anterior. Uma casa para alugar em Orlando, de três dormitórios e piscina privativa, na região de Kissimmmee – próximo aos parques da Disney – não sai por menos que US$1,700/mês (valor 11.4% maior que no ano anterior).
Quatro meses depois, a taxa de propriedade deu um pequeno salto para 63,5% (sem twite de Trump sobre essa notícia) e Trump foi eleito presidente. Quando se trata do mercado imobiliário americano, como tantas outras coisas, a vitória do Trump levanta mais questões do que respostas:
- Qual o impacto das políticas de Trump nas taxas de juros?
- Como ele vai tratar as agências federais de subsídio a hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac?
- Qual o impacto da saída de imigrantes que levam seu dinheiro e deixam casas vazias para trás?
A tirar pela intensidade dos primeiros 10 dias do governo Trump, acreditamos que as respostas virão rapidamente e serão positivas para os investidores. A tendência de Trump será desregulamentar o mercado financeiro, reduzir impostos e estimular empregos internos. A aplicação de tais vetores no mercado imobiliário americano tende a elevar o poder de compra do público doméstico e a alimentar uma corrida por imóveis a venda novos e mais caros. Portanto, quem se antecipar em comprar casa em Orlando, por exemplo, poderá desfrutar de uma significativa valorização do imóvel no curto prazo.
Estímulos de Trump podem atrair mais construtoras brasileiras para Orlando
Mesmo antes de Donald Trump ser eleito, já atraia o interesse de pequenos e médios construtores de casas em Orlando. São, pelo menos, 10 condomínios em Orlando lançados por investidores brasileiros com assessoria de imobiliárias em Orlando, entre eles: Magic Village, West Lucaya, Golden Cay, Summerville e Bridgewater. Clique aqui e conheça os condomínios em Orlando.
“Começamos em 2012 com um condomínio em Orlando de 8 sobrados próximos de Downtown. Depois lançamos o Bridgewater com 16 sobrados e agora, depois de tanto aprendizado, estamos lançando o condomínio Golden Cay com 128 casas de férias em Kissimmee, há 10 minutos da Disney”, diz Gabriel Matravolgyi da AMT USA – construtora americana, formada por sócios brasileiros. Gabriel é arquiteto experiente e renomado no Brasil, mas desde cedo entendeu que precisava crescer gradualmente nos Estados Unidos, afinal as regras desse jogo na América são completamente diferentes daqueles que ele dominava. “Uma das lições aprendidas nesse processo é a importância de trabalhar com boas imobiliárias em Orlando. Hoje estamos muito satisfeitos com a assessoria oferecida pela TALENT Realty. É bom ter profissionais competentes e confiáveis para disputar espaço num mercado tão competitivo”, completa Gabriel.
Em uma palestra, em agosto, para a Associação Nacional de Construtores de Casas, Donald Trump sugeriu que vai incentivar os construtores a construir. Ele chamou a indústria de construção de casas em Orlando uma das mais regulamentadas do país e estimou que 25% do custo de uma casa é devido à regulamentação. “Acho que deveríamos reduzir isso para cerca de 2%”, disse ele. Enfatizando ainda mais seu apoio à indústria, ele acrescentou: “Não há coisa maior que você possa fazer. Se você pode construir uma casa, você pode construir qualquer coisa.”
A realidade, no entanto, é que a maioria dos regulamentos que impactam a construção civil em Orlando estão no nível municipal, significando que o Presidente Trump terá pouca influência direta sobre eles. Mas Trump pode adotar táticas de interferência indireta, como fez com o corte de verbas as cidades santuário, ou seja, Trump pode criar programas federais que aumentam o repasse de verbas para cidades que seguirem sua cartilha. Neste sentido, as cidades da Florida podem ser beneficiadas, uma vez que o Estado é governado por Rick Scott – um Republicano alinhado com o pensamento de Trump.
Fonte: http://www.forbes.com/sites/samanthasharf/2016/11/15/how-president-trump-could-affect-the-value-of-your-home/#5796d1af5796Foto: Gage Skidmore, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons.